A previsão da concessionária é que o início da cobrança nas três novas praças atrase cerca de duas semanas e comece na metade de setembro. Não há ainda uma data exata porque quem autoriza a cobrança e marca o dia do início da cobrança é a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados, a Agergs. Isso é feito após uma vistoria na rodovia para saber se a Rota fez todas as obras de melhorias nos 204 km, previstas para o 1º ano, e implementou todos os serviços, como ambulâncias e guinchos.
– A agência reguladora faz a verificação do atendimento do contrato e emite a declaração de conclusão dos trabalhos iniciais. Nela, a Agergs já declara uma data fixa. Geralmente, da data de publicação no Diário Oficial, são 10 dias mais para iniciar a cobrança nas novas praças. A gente não tem ainda como precisar uma data, pois há ritos contratuais que podem se estender mais ou menos. A gente entende que até meados do mês de setembro a gente já esteja cobrando pedágio – disse ao Diário o diretor geral da Rota de Santa Maria, Renato Bortoletti.
Nas imagens, primeiro dia de teste nas praças de pedágio em Paraíso do Sul. Fotos: Rota de Santa Maria (divulgação)
Ele garante que todas as obras exigidas pelo governo do Estados para os primeiros 12 meses estão sendo feitas.
– A gente tem previsto terminar até o final de agosto os trabalhos. Estamos em fase final de conclusão os arremates finais – afirmou Bortoletti.
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Como é o teste nas praças
Novas praças de Paraíso do Sul (km 168, na foto acima) e Taquari (km 47)
Desde domingo (21), todos os veículos têm de parar nas cancelas dos pedágios, para que seja feito registro da passagem. Não há cobrança de pedágio, mas são treinados os funcionários e dadas informações aos motoristas. Essa operação será diária, das 6h às 22h, até a Agergs autorizar a cobrança de tarifa, o que deve ocorrer até metade de setembro. Pelo contrato, a cobrança poderia iniciar em 30 de agosto, mas vai atrasar.
Nova praça de Santa Maria (km 220, em Palma)
Operação de testes começará na próxima segunda-feira, dia 29, e pedágio só deve ser cobrado a partir da metade de setembro, após aval da Agergs.
Dúvidas e informações
0800-1000-287 é o telefone da Rota de Santa Maria, em que usuários da RSC-287 podem ligar de graça para tirar dúvidas, informar problemas e pedir atendimento gratuito de ambulância e de guincho ao longo dos 204 km. Esses serviços são de graça, mesmo que usuário não tenha passado num pedágio.
Ainda há críticas às condições da RSC-287. Rota diz que obras seguirão
Apesar de quase 1 ano de obras de melhorias nos 204 km da RSC-287, entre Santa Maria e Tabaí, a concessionária Rota de Santa Maria ainda é alvo de críticas por parte dos motoristas. Eles reclamam que ainda encontram alguns buracos e que há trechos com pavimento com problemas. Em publicação recente na página do Diário no Facebook, um motorista se queixou:
– Quem fiscaliza os buracos na rodovia? Em plena cancela do pedágio caímos em buraco, uma vergonha pagar IPVA e pedágio – escreveu Claudio Silveira.
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Apesar disso, a Rota diz que está cumprindo com o que estava previsto no contrato feito pelo governo do Estado e alega que há melhorias significativas na qualidade e na segurança da rodovia.
– Vamos entregar a rodovia com zero buracos e com sinalização e tachinhas nos 204 km até o final de agosto. Temos também recebido muitos elogios por parte dos usuários. Os estudos feitos pelo Estado previam 15 mil toneladas de asfalto para obras de melhorias no primeiro ano da concessão. Já aplicamos até agora bem mais, 60 mil toneladas, mais de 90 mil m² de microrrevestimento (camada bem fina para selar trincas e imperfeições do asfalto e evitar abertura de novos buracos), até por uma visão de longo prazo da concessionária. Até agora, 100% do recurso colocado na Rota de SM veio da Sacyr. Todo o dinheiro investido e gasto veio do acionista. Foi depositado pela Sacyr um total R$ 230 milhões na Rota, parte dele já foi investido – diz Bortoletti.
Ele afirmou que as obras de melhorias não vão parar, mas prosseguir. Alguns pontos que ainda têm buracos e deformações começarão a ser consertados com recuperação da base da estrada, a partir de setembro, que é quando esse tipo de obra estava prevista. A recuperação total da rodovia, para deixá-la em estado de nova, deve ser concluída até o 5º ano da concessão, conforme diz o contrato.
Segundo Bortoletti, a Rota tem hoje 300 funcionários diretos, além de 500 trabalhadores terceirizados para as obras. Com indiretos, que atuam em transporte e prestação de serviços, a estimativa é de 1 mil pessoas atuando na concessão. Ele diz que esse trabalho não será reduzido.
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